O crescimento continuo das demandas de refrigeração industrial impulsionado pelo crescente consumo de alimentos refrigerados e congelados encontra em seu caminho as demandas por segurança, eficiência energética e sustentabilidade.
O atendimento aos requisitos de segurança deve ser o principal foco para utilização da amônia como agente refrigerante. A elevada toxicidade faz com que se indique a aplicação em instalações distantes de locais densamente povoados. Bem como requer equipe técnica altamente capacitada.
Vazamentos de amônia oferecem riscos importantes à saúde das pessoas expostas aos vapores do fluido. A inalação é extremamente irritante, com alto poder corrosivo e em casos graves, há risco de morte por asfixia química. O contato com a pele em solução concentrada pode provocar queimaduras e até necroses. Para os olhos, os danos podem ser permanentes, mesmo quando atingidos por pequenas quantidades. Quando ingerida, a amônia pode provocar vômitos, náusea e lesões nos lábios, boca e esôfago.
A norma NR36 apresenta as premissas sobre a prevenção de acidentes com amônia, devendo ser usada na elaboração dos planos de emergência e contingência.
Um plano de emergência deve contemplar:
- comunicação com responsáveis por segurança;
- evacuação de pessoas;
- remoção das fontes de ignição;
- ventilação para dispersão do gás;
- socorro às vítimas.
Quanto ao plano de contingência suas premissas são:
- identificar o cenário de risco;
- implementar atividades em níveis de resposta a partir do cenário de risco identificado;
- definir indicadores para cada nível de resposta;
- definir atividades dos operadores de resposta para cada nível de resposta.
Então, é a estruturação de planos de emergência e contingência completos com contínua revisão e melhoria, somada ao adequado treinamento dos profissionais de segurança que confere a garantia da minimização dos riscos e do seu correto enfrentamento em ambientes com utilização da amônia como agente refrigerante.
CARMEN THOMAZI – carmen@davinciprojetos.com.br
Engenheira Química e diretora na Da Vinci Projetos. Membro do conselho de gestão de várias empresas e docente na Educação Executiva da Faculdade FIPECAFI. Possui experiência em gestão de processos e gestão de pessoas. Executa o planejamento, organização e direção em projetos de gestão sistêmica e educação corporativa.