A indústria brasileira se desenvolve a passos largos no que diz respeito aos setores farmacêutico, alimentício, de bebidas e itens de consumo. E, entre outros aspectos, você sabe o que todos esses produtos têm em comum? Todos, de uma forma ou outra, precisam ser embalados. E é nesse ponto que entram em cena os processos de injeção de ar, responsáveis pela fabricação de embalagens.
As injetoras plásticas, basicamente, são equipamentos que sopram ar a alta pressão em um molde plástico que, por sua vez, se expande e transforma-se em uma embalagem. Invólucros como garrafas pet, potes de margarina, embalagens de shampoos são alguns produtos resultantes desse processo.
Com a chegada da pandemia, o aumento no consumo de alimentos, bebidas, medicamentos e produtos de higiene pessoal e limpeza foi notório, tanto no mercado interno quanto no mercado de exportação. Por exemplo, a exportação de alimentos teve uma alta muito acentuada, impactando diretamente no segmento de injeção a ar.
Aliando a necessidade e a capacidade de produção, o Brasil se conecta cada dia mais à indústria 4.0, ou como chamamos na Vaportec, a Indústria do Amanhã. Dentro desse conceito de futuro presente, onde a implementação de novas tecnologias e abordagens sobre processos que visem a melhoria da eficiência energética e segurança são essenciais, iremos falar sobre injeção de ar em processos de alta pressão, destacando suas características e melhorias básicas.
Sistema de filtração para injeção de ar a alta pressão
O ar comprimido a alta pressão utilizado na injeção em componentes plásticos, como os mencionados acima ou diretamente em alimentos, precisa de um tratamento de qualidade específico. Assim, é necessário que ele chegue ao padrão microbiológico aprovado pela FDA para contato com embalagens e alimentos. Portanto, é essencial uma taxa de 0,2 micras em padrão estéril/farmacêutico.
Para esse tipo de filtração em ar comprimido, utilizam-se os secadores, equipamentos ideais para este fim. Portanto, a Donaldson, líder mundial no segmento de filtração industrial, desenvolveu diversas opções de secadores modulares utilizados em pontos de consumo. A linha Ultrapac, por exemplo, é, especificamente, projetada para atender a qualidade necessária de ar, com a melhor eficiência, além de ampla conectividade a supervisórios e controladores.
Ordens básicas para um sistema de filtração
Estação de tratamento: filtro para particulado sólido, filtro coalescente (para drenagem) e filtro de carvão ativado (remoção de gases e odores).
Estação de ultra filtração: filtro de 25 ou 5 micras para pré filtragem, filtro de 1 micra para qualificação e filtro de 0,2 micras para ultra filtração em padrão micro biológico.
Estes filtros são compostos, basicamente, por carcaças e seus respectivos elementos filtrantes. Entretanto, em processos de alta pressão os filtro possuem fabricação específica para este fim, tendo classes de pressão maior nos seus componentes e vedações. Assim, os filtros são em alumínio e podem ser utilizados tanto em injetoras quanto em máquinas laser/plasma, onde também ocorre a injeção de ar e gases a alta pressão. Normalmente, o modelo recomendado é o HD MF Donaldson para pressão nominal de 40 bar.
Sistema de válvula solenoide para injeção de ar a alta pressão
Para liberar ou estancar a passagem de fluxo de algum fluido de forma automática, como ar ou água, utilizam-se as válvulas solenoide para alta pressão. Como estamos falando do processo de injeção, nos reportaremos, especificamente, aos gases. Sendo assim, o equipamento acionará a válvula dando pulsos rápidos e repetidos de abertura, liberando ar comprimido a alta pressão, e o injetando no processo.
A válvula solenoide para alta pressão é específica, com componentes próprios para trabalhar nessas condições de processos, com pressão nominal que pode chegar a 40 bar. Como presume-se, a válvula para injetora plástica trabalha em um regime extremamente alto de ciclos. Devido à abertura e fechamento contínuos e constantes, essa aplicação necessita que o controle do fluido seja altamente preciso, evitando desperdício e deformidades ou erros no produto final (embalagens ou produto).
Dessa forma, a Danfoss desenvolveu a válvula solenoide EV224B, projetada para suportar golpes, ciclos e pressão de trabalho em ambientes severos. Sendo assim, sua resistência mecânica ao trabalho e à alta pressão é superior em relação a outros modelos de convencionais. Amplamente aprovada para aplicações químicas e navais em nível mundial, a válvula EV224B tem o melhor custo benefício.
Lubrificação e trocador de calor para máquinas injetoras
Máquinas e equipamentos injetores de alta pressão necessitam de lubrificação constante devido à alta fricção e movimento desse tipo de equipamento. Isso porque o volume de trabalho mecânico é extremamente alto e o desgaste dos componentes também, principalmente, se os princípios de lubrificação dos óleos não estiverem de acordo com o que for necessário ao processo.
Portanto, o uso de trocadores de calor é essencial, já que eles são os responsáveis pelo controle de temperatura do óleo de lubrificação nas injetoras. São esses equipamentos que fazem a troca térmica entre o óleo de lubrificação e a água.
Mas como ocorre a troca térmica entre óleo e água? Como sabemos, o princípio de troca térmica determina que o fluido quente irá sempre ceder temperatura ao fluido frio. Assim, nesse caso, o óleo cede sua temperatura excedente para a água e permanece na temperatura adequada para manter suas propriedades de lubrificação.
Controle de temperatura em sistemas de troca térmica para inejção de ar
O controle de temperatura de injetoras pode ser feito de inúmeras formas. Entretanto, seguindo uma lógica simples, se o controle for do tipo liga/desliga, ele pode ser feito por meio de três componentes básicos. Veja como:
- 1 – válvula solenoide;
- 2 – sensor de temperatura;
- 3 – controlador de temperatura.
Dessa forma, o sensor de temperatura estará instalado na saída de óleo (após resfriamento) e enviará a comunicação da temperatura ao controlador de temperatura. Por sua vez, o controlador será ajustado com um set point da temperatura desejada. Assim, ele manterá a temperatura dentro do set point por meio da abertura e fechamento da válvula solenoide, instalada na entrada de água, liberando ou não a passagem para que a troca térmica seja efetuada. Essa automação é extremamente simples, barata e de baixa manutenção, permitindo que você melhore o funcionamento do seu equipamento e evite quebras e perdas de processo.
E você sabe como funciona um trocador de calor ou como escolher o mais adequado para sua aplicação? Sabe como fazer a manutenção nesse equipamento? Então, acesse nosso canal no Youtube e confira nosso vídeo sobre trocadores de calor. Separamos uma série de dicas e conceitos referentes à troca térmica para auxiliar os técnicos, planejadores e supervisores de manutenção envolvidos neste tipo de atividade. Queremos, não apenas ajudar a corrigir problemas, mas, sim, evitar que eles aconteçam.
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